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O PEQUENO COLECIONADOR 2021
A terceira edição de O Pequeno Colecionador é marcada pela mostra individual Quem era eu, do artista Dudi Maia Rosa, que reúne construções cromáticas feitas com blocos de plástico aproximando de forma inusitada o repertório da arte ao universo do brinquedo. Com seus objetos aparentemente despretensiosos, Dudi nos confronta com uma sofisticada estratégia de inversões. A pintura que se forma a partir de um molde industrial, um brinquedo que se monta e se desmonta, em um movimento contínuo e repetitivo, até ser interrompido. Seria esse instante, esse corte, o momento da arte?
O Pequeno Colecionador, 3a edição, 2 — 26.10.2021, Carbono Galeria, São Paulo (fotos Mariane Klettenhofer)
Impromptus, 2021
Impromptus é resultado do encontro e do aprofundamento da parceria entre Carbono Galeria e O Pequeno Colecionador. O díptico proposto por Dudi Maia Rosa nos apresenta várias duplicidades. É composto de dois trabalhos que se aparentam iguais, mas na verdade possuem muitas diferenças. Um é composto de peças de brinquedo e permite o movimento, a recriação de uma composição, enquanto o outro é produzido em resina, realizado a partir de um molde, permanecendo sempre estático. Qual peça gerou qual? Seriam as peças como mãe e filha? Uma o jogo e a outra a obra? Há nessa proposta uma síntese de paradoxos e inversões, traços recorrentes no corpo da obra do artista.
Jr, 2021
Jr é um múltiplo criado especialmente para O Pequeno Colecionador. Para os familiarizados com a História da Arte é praticamente impossível olhar para esse trabalho sem fazer referência as questões levantadas pelo artista holandês Piet Mondrian (1872–1944), que construía suas pinturas utilizando linhas horizontais, verticais e cores primárias. O trabalho de ambos os artistas atravessa o campo da arte, da arquitetura e da indústria. Porém há algo de inédito aqui. A tridimensionalidade é alcançada por peças de plástico de um brinquedo infantil. Um brinquedo que se estrutura com a linguagem da arte. Você tem coragem de desmontar?
Dudi Maia Rosa
Dudi Maia Rosa apresentou sua primeira exposição individual no MASP em 1978. Desde então realizou diversas outras na Galeria Millan (SP), 2009, 2012 e 2016; no Centro Cultural Maria Antônia (SP), 2002 e 2013; Instituto Tomie Ohtake (SP), 2008; Instituto Figueiredo Ferraz (SP), 2013; entre outros. Dentre as coletivas destacam-se: Queermuseu — Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, Santander Cultural (RS) e Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos, Oca (SP), 2017; Uma coleção particular — Arte contemporânea no acervo da Pinacoteca (SP), 2015; 10a Bienal do Mercosul, Mensagens de Uma Nova América (RS), 2015; Brasiliana: Moderna Contemporânea, MASP (SP), 2006; 5a Bienal do Mercosul (RS), 2005; Mostra do Redescobrimento: Brasil 500 Anos, no Pavilhão da Bienal (SP), 2000; Bienal de Joanesburgo, África do Sul, 1995; Bienal Internacional de São Paulo, 1987 e 1994; e Panorama da Arte Atual Brasileira, MAM-SP, 1973, 1986, 1989 e 1993.
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